O Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM) é a forma mais grave e acentuada da tensão pré-menstrual (TPM) e atinge, em média, de 3 a 8% das mulheres em idade reprodutiva.
Esse transtorno é causado por alterações genéticas nos receptores de serotonina (neurotransmissor que regula o humor, o sono, o apetite e a dor) e, ao contrário da TPM, é definido como um tipo de depressão cíclica, que tende a surgir no período que antecede a menstruação: os sintomas aparecem de 2 a 10 dias antes da menstruação e começam a desaparecer poucos dias após o início do fluxo menstrual, devendo repetir-se por pelo menos 2 ciclos consecutivos.
O TDPM (Transtorno Disfórico Pré-menstrual) causa sintomas físicos, cognitivos e psicológicos, com alterações de humor e comportamento expressivas e incapacitantes e a baixa na produção do estrogênio, porém de forma mais exacerbada, ocorrendo durante o ciclo menstrual.
Dentre os sintomas mais comuns estão a irritabilidade, humor deprimido, ansiedade, pensamentos autodepreciativos, instabilidade emocional, dificuldade de concentração, falta de interesse em atividades habituais, fadiga, apetite descontrolado, dor de cabeça e inchaço no corpo e alterações do sono.
O que diferencia o TDPM da TPM é a intensidade dos sintomas. Alguns fatores, como o estresse, podem piorar o quadro de TPM, fazendo com que ele evolua para o quadro de Transtorno Disfórico Pré-Menstrual.
O tratamento é baseado no controle dos sintomas. Para tanto há a indicação de uso de antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e de contraceptivos orais com o intuito de suprimir a ovulação e controlar as oscilações hormonais e os sintomas físicos mais intensos.
O acompanhamento psicoterapêutico é essencial, pois oferece ferramentas que possibilitam o tratamento deste transtorno, a partir de técnicas para manejo do estresse e controle do quadro depressivo.
Aliada ao tratamento, é indicada também a prática de atividades físicas e uma alimentação balanceada, favorecendo a qualidade de vida da mulher, uma vez que atuam no equilíbrio da quantidade de serotonina no corpo e consequente aumento do bem-estar.
MARINA REIS TEBAR
CRP 06/101325
Graduada em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com Formação em Terapia Racional Emotiva Comportamental, Pós-Graduação em Neuropsicologia e Psicopedagogia e cursos de extensão nas áreas de Dependência Química e Tecnológica e Transtornos de Personalidade.